Archive

Monthly Archives: December 2012



Os políticos da UE rejeitaram um banimento do gás de xisto e pediram por um regime regulatório rígido para lidar com preocupações ambientais e outras em uma série de votações na quarta-feira no Parlamento Europeu.

Uma revolução do gás de xisto varreu os Estados Unidos, reduzindo os preços do gás e ajudando a diminuir a poluição do carvão.

A Europa está observando isso com interesse, se não com inveja, já que os Estados Unidos estão caminhando para uma independência energética e estão conseguindo um impulso econômico com o combustível barato.

Mas a perspectiva de desenvolvimento extensivo do gás de xisto na Europa é complicada por causa de regras de propriedade de terra, alta densidade demográfica e preocupações ambientais acerca do processo de fracking, usado para extrair gás natural do xisto.

O fracking, ou fraturamento hidráulico, envolve o bombeamento de água que contém químicos nas formações rochosas de xisto a uma alta pressão, e críticos dizem que o processo arrisca contaminar aquíferos, assim como pode causar tremores de terra.

Embora as votações de quarta-feira tenham rejeitado um pedido de banimento das atividades de fracking, afirmando que os estados membros da União Europeia têm o direito de explorar suas reservas, elas também seguiram uma linha cautelosa.

As votações, em dois relatórios separados, eliminaram sentenças que estimulavam o desenvolvimento rápido do gás de xisto.

As sentenças eliminadas incluíam uma em que o gás de xisto poderia “ter um papel essencial” na transição para a geração de energia de baixo carbono e outra de apoio “a um nível elevado na produção sustentável de gás de xisto”.

A Comissão Europeia deve no próximo ano criar um quadro sobre gerenciamento dos riscos e supressão de deficiências na regulamentação da UE.

“Estudos realizados indicam que há uma série de incertezas ou falhas na atual legislação da UE”, disse o comissário ambiental Janez Potocnik em uma declaração.

“Enfrentar riscos de saúde e ambientais será de suma importância para que a indústria ganhe ampla aceitação do público.”

As votações parlamentares de quarta-feira não foram obrigatórias, mas são um sinal político aos legisladores da Comissão.

Os partidários do gás de xisto parabenizaram os parlamentares, enquanto os ambientalistas e políticos do Partido Verde elogiaram o clima de cautela, mas teriam preferido um banimento.

“Isso implica que os estados membros deveriam pensar duas vezes antes de permitir que qualquer projeto dessa tecnologia controversa vá em frente”, declarou Carl Schlyter, do Partido Verde sueco e membro do Parlamento Europeu.

A Shale Gas Europe, um novo órgão apoiado por firmas de petróleo e gás, incluindo a Chevron, a Statoil e a Royal Dutch Shell, comentou que o parlamento pediu pela exploração do gás de xisto, garantindo que isso seria feito sustentavelmente.

“A Shale Gas Europe apoia totalmente essas metas e continuará o envolvimento com cidadãos e tomadores de decisão, ouvindo e atendendo às preocupações relacionadas ao gás de xisto”, observou a porta-voz Monica Cristina.

Traduzido por Jéssica Lipinski

Autor: Barbara Lewis
Fonte: Reuters
Original: http://goo.gl/RXeb8


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              




The Conoco Phillips refinery in Rodeo, Calif. (Getty Images)

A free-market auction has established a price for pollution in California: for each metric ton of carbon dioxide emitted, businesses, utilities and industries that bought allowances last week will pay just $10.09.

The results of the first auction, announced on Monday, came as both a relief and a bit of a disappointment, although state officials put the best face of it. In a statement, Mary D. Nichols, chairwoman of the California Air Resources Board, said, the auction was “a success and an important milestone for California as a leader in the global clean-tech market.” She added, “By putting a price on carbon, we can break our unhealthy dependence on fossil fuels.”

Among traders and regulators, there was relief that all of the 23.1 million allowances covering 2013 emissions that were up for auction were sold. The number of bids exceeded the total allowances by about 3 to 1. Polluters do not have to submit the allowances to cover their emissions until November 2014.

“Given the lack of short-term requirements to purchase anything, I would say market participants that we spoke to were surprised that the full volume cleared and that it was three times oversubscribed,” said Lenny Hochschild, the managing director of global carbon markets for the advisory and brokerage firm Evolution Markets.

And Thad Huetteman, the president of Power and Energy Analytic Resources, said: “It closed close to the minimum, but clearly there was demand for the allowances. Since we defeated that expectation — that the market would be undersubscribed — that caused a sigh of relief.”

But some analysts had expected a higher final price — at least between $11 and $12, not a bare nine cents above the $10 floor.

Mr. Hochschild suggested that the outstanding legal challenges to the cap and trade program, one of which was filed by the Chamber of Commerce on the eve of the Nov. 14 auction, made investors skittish about the program’s long-term viability and thus depressed the price.

While proponents of the new market feel that it will become more robust once financial firms actively take part, the overwhelming majority — 97 percent — of the allowances sold in California’s first auction went to what the air regulators refer to as “compliance entities” — the companies that must account for their greenhouse gas emissions.

Most of the nearly $300 million in auction proceeds is likely go back to investor-owned utilities in the state like Southern California Edison and Pacific Gas & Electric Company, to be directed back to their customers. On Friday, the California Public Utilities Commission announced a proposed division of these spoils: 85 percent to households, which would receive a “climate dividend” of $30 on their bills twice a year; 10 percent to small businesses; and 5 percent to help industries whose out-of-state competitors do not have to pay for the pollution they generate.

On the other side of the country, the Regional Greenhouse Gas Initiative, a coalition of Northeastern states that has imposed a cap and trade system on the electric utility sector, has so far had 17 auctions of emissions permits. The administrator for that program recently told Point Carbon that the system has lowered electricity bills overall in the Northeast by $1.3 billion since 2009.

In the first eight RGGI (pronounced reggie) auctions, the subscription of current permits sold out. But that has only happened once more in the ensuing nine auctions held since the fall of 2010. The clearing price for an allowance after the most recent auction was $1.93.


All 23.1 million allowances in California’s first cap and trade auction found buyers. (California Air Resources Board)

Author: Felicity Barringer
Source: The New York Times
Original: http://goo.gl/cx9sk


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



Mais de US$ 300 milhões já foram prometidos para o plano do Equador de evitar a extração de petróleo do solo da reserva Yasuní Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT). A ideia, apresentada em 2007, é arrecadar US$ 3,6 bilhões em 13 anos para que o petróleo não seja retirado do subterrâneo da reserva, o que alteraria seriamente o local, colocando em risco os ecossistemas da região.

Apesar do ceticismo em relação ao projeto, desde que o plano foi lançado formalmente, em 2011, cerca de US$ 300 milhões já foram prometidos por governos, empresas, ONGs e indivíduos da sociedade civil.

A Alemanha, por exemplo, ofereceu US$ 50 milhões ao longo de três anos, enquanto dez regiões da Europa prometeram contribuir com US$ 150-250 milhões, juntamente com instituições como a Coca-Cola, companhias aéreas, bancos e fundações brasileiras, norte-americanas e russas.

Apesar de apenas US$ 64 milhões terem sido depositados, pelo menos US$ 187 milhões vindos da Bélgica, Brasil, Catar, Espanha, França, Indonésia, Líbano e Turquia devem ser destinados ao projeto em breve.

O capital não é dado diretamente para o governo equatoriano, mas colocado em fundos e administrado pelo Programa de Desenvolvimento da ONU. Esse dinheiro deve ser destinado a projetos de energia renovável e ao apoio ao reflorestamento e à conservação, além de projetos sociais na região.

“O que temos na terra de Yasuní é muito mais do que temos no subsolo. Passamos por apenas um ano e já estamos a caminho de salvar a floresta. O que estimulou governos como a Alemanha e a França foi o povo. Na Alemanha mais de 100 mil pessoas assinaram a petição em uma semana”, comentou Ivonne Baki, diretora do comitê de negociação da Yasuní-ITT.

“O Equador não quer depender do petróleo e essa é uma forma de fazer isso. Os países petrolíferos são amaldiçoados. Países emergentes costumam apostar tanto no petróleo que não desenvolvem nada mais. Produzem corrupção e os pobres pagam o preço. O único benefício vai para as elites”, concluiu.

Crédito Imagem: Comitê de negociação da Yasuní-ITT

Autor: Jéssica Lipinski
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Original: http://goo.gl/BmzfO


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



(Reuters) – A top Mexican government official said Thursday that the long-awaited but highly controversial approval of genetically modified (GM) corn fields on a commercial scale will drag into next year.

Mariano Ruiz, a deputy agriculture secretary, said in an interview that the regulatory approval process won’t be finalized under the outgoing government of President Felipe Calderon, but instead will fall to his successor to see through sometime next spring.

President-elect Enrique Pena Nieto of the Institutional Revolutionary Party is set to take office on December 1.

Ruiz said he does not expect permits to be approved for four to five months but that the new government led by Pena Nieto is likeminded in its support for the introduction of large-scale GMO corn cultivation in Mexico.

“I think we are in agreement generally over the importance of having this instrument, and that farmers have the tool of genetically modified organisms,” said Ruiz.

“But like they say, the devil is in the details,” he added.

Scientists recognize Mexico as the birthplace of corn, and opponents of GM corn have argued that genetically modified varieties pioneered by companies like Monsanto will contaminate native strains and irrevocably harm the grain’s biodiversity.

Ruiz said the government still had to designate so-called “centers of origin” where GM corn cultivation will be banned as well as set other safety regulations.

Mexico, Latin America’s second-biggest economy, plants 7.2 million hectares (17.8 million acres) of corn annually to grow mostly white corn which is used for human consumption, including the country’s staple tortillas.

Domestic corn production this year will total nearly 22 million tonnes, according to agriculture ministry data.

But the country relies on imports of yellow corn for animal feed, including about 9 million tonnes in 2012.

Backers of GM corn say it produces yields between 10 and 15 percent larger than conventional strains, which could boost production and curb Mexico’s dependence on imports.

The delay will leave five applications for commercial-scale GM corn fields totaling about 2.5 million hectares in limbo.

Agribusiness giant Monsanto has submitted two applications, both of which seek 700,000 hectares for GM corn in Mexico’s western Sinaloa state, the country’s largest corn producer.

The Mexican subsidiary of Pioneer Hi-Bred International, part of DuPont, has three applications each of which would cover about 350,000 hectares in northeastern Tamaulipas state.

Meanwhile, Dow Agrosciences de Mexico, part of Dow Chemical, has one application for 40,000 hectares also in Tamaulipas state.

(Editing by Ed Davies)

Author: David Alire Garcia and Adriana Barrera
Source: Reuters
Original: http://goo.gl/0CrGL


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



A coleta e o tratamento adequado dos resíduos ainda é um desafio tão grande para o país quanto o tamanho da pilha de detritos que produzimos

Autor: Vanessa Barbosa
Fonte: Exame
Original: http://goo.gl/vD1h8


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              




In this Nov. 14, 2012 photo, Mexican immigrant Maria Lucero stands in front of the home she rented which was damaged by Superstorm Sandy in the Midland Beach section of Staten Island, New York. After the storm, Lucero and her family moved in with friends, but Lucero says it is a temporary situation and will feel more at peace when they have their own home again. Superstorm Sandy has plunged many immigrants living illegally in the United States into darkness, and even deeper into the shadows. Tho

NEW YORK — Superstorm Sandy plunged some immigrants living illegally in the U.S. into darkness and even deeper into the shadows.

Some of those who need help to get temporary housing and food are afraid to come forward because they risk deportation. And many have returned to damaged, powerless, moldy homes because they have no other place to stay.

“My son has asthma and now he is worse. The house has this smell of humidity and sea water,” Mexican immigrant Miguel Alarcon Morales said while holding his 2-year-old son, Josias. “It is not safe to live there. I am starting to feel sick, too.”

Advocates are stepping up their efforts to get help to immigrants in hard-hit areas, in some cases going to door to door.

“If you are here illegally and you are at your home and see the National Guard and people in military uniform, going up and down, sure, you are going to be afraid,” said Gonzalo Mercado, executive director of El Centro del Inmigrante, a nonprofit that helps day laborers and their families in Staten Island.

“To not be informed means to be afraid. That is why we are here, to inform immigrants of resources available to them,” Mercado added.

The New York City area is home to more than 2.3 million Hispanics, according to census numbers, and some places hardest hit by the storm are known as landing spots for Mexican immigrants. Nonprofits that work in the area calculate at least 20,000 Mexicans in hard-hit Staten Island.

Officials from the Mexican government have visited shelters in New York and New Jersey looking for immigrants to help, informing them on how to obtain food stamps, financial assistance from FEMA or the Mexican government.

More than 735 people have signed up to receive economic help from the government of President Felipe Calderon, but there is only $180,000 so far to distribute, said the Mexican consul in New York, Carlos Sada. As of this week, 66 checks had been written to victims of the hurricane, totaling $110,000.

More than three weeks after Superstorm Sandy, the five members of the Morales family still live at their rental home in Staten Island, where floodwaters reached the second floor. Although the home has power now, there is no heat. The family uses only an electric heater.

Because Morales’ children were born in the United States, he can apply for Federal Emergency Management Agency help, but he has been hesitant to do so.

“When one has no legal documents, that person will always think that there can be repercussions,” said Morales, who lost his job at an ice cream store in New Jersey that closed after the storm. He now works part-time at a bakery.

Asked whether Immigration and Customs Enforcement had conducted immigration enforcement in the area in the aftermath of the storm, Luis Martinez, ICE’s spokesman in New York, said the agency has been conducting “limited street enforcement operations.” ICE director John Morton and deputy director Daniel Ragsdale visited New York and New Jersey at the beginning of the month “to survey efforts.”

The agency will be “resuming normal enforcement activity, with continued emphasis on at-large criminal aliens, in the near future,” an ICE statement to The Associated Press said.

Emilio Hector Gloria Fuentes, a 49-year-old immigrant from Morelos, said he is staying with some relatives in the home of a priest because they can’t return to the basement where they lived in Staten Island.

Fuentes, who works in a pizzeria, is not eligible for FEMA help because of his immigration status.

“I had my savings, in cash, in that basement. I lost them all,” he said. “A disaster like this is much worse for an undocumented person than for a United States citizen or someone with some money.”

As Maria Lucero dealt with construction workers ripping down the walls of her living room, she lamented that her landlord said it will be at least a month before her family can return to their Staten Island home. Her family is fortunate to be able to stay with friends, Lucero said, but “I’m not comfortable without having my home.”

Because they get paid in cash, immigrant workers lost money for the days they did not work after the storm. Without access to credit, their main hope now is to join reconstruction efforts as day laborers.

Mexican day laborer Eberto Silva didn’t have to look far for such a job – his landlord hired him at $14 an hour to do cleaning and demolition work at an apartment complex in Coney Island.

“There is going to be more work for immigrants like me now,” he said. “We may see that in the next few weeks.”

Groups that are part of the National Day Labor Organizing Network have also brought day laborers to do volunteer cleanup activities on weekends. El Centro del Inmigrante is trying to become a hiring center for day laborers, making sure that they work in safe and secure conditions.

“A center like that is urgently needed,” Mercado said. “We feel that now, after Sandy, this is the right moment to do it.”

Author: Claudia Torrens
Source: Huff Post Green
Original: http://goo.gl/jdaPD


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



Entidade considera o fenômeno um dos maiores desafios para o desenvolvimento e afirma que o planeta está caminhando para uma elevação de 4°C nas temperaturas até o fim do século, o que resultará em impactos severos para a humanidade

Há menos de 10 dias para o início da Conferência do Clima (COP18) das Nações Unidas, o Banco Mundial apresenta um relatório pedindo ações urgentes para minimizar as consequências das mudanças climáticas. Se nada for feito, a entidade prevê o declínio da produção de alimentos, a perda de ecossistemas e biodiversidade e a impossibilidade de desenvolvimento econômico para milhões de pessoas.

“Nossas crianças herdarão um mundo bem diferente do qual vivemos hoje. A mudança climática é um dos maiores desafios para o desenvolvimento e precisamos assumir total responsabilidade pelo bem das futuras gerações, especialmente nos países mais pobres”, afirma o relatório.

“Turn Down the Heat: Why a 4°C Warmer World Must be Avoided” (Desligue o aquecimento: Porque um mundo 4°C mais quente deve ser evitado), conduzido pelo Instituto Postdam, afirma que o planeta já está 0,8°C acima da média do período pré-industrial e caminha para catastróficos 4°C de aquecimento até 2100.

“Este relatório reforça a realidade da volatilidade do clima, que afeta tudo o que fazemos. Precisamos redobrar nossos esforços para melhorar a adaptação e a resiliência, assim como para buscar soluções para o desafio climático”, declarou Rachel Kyte, vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial.

O estudo combina uma síntese da literatura científica disponível com novas análises dos riscos mais prováveis do aquecimento global, focando principalmente nos países em desenvolvimento. Também descreve os impactos já observados, como os eventos climáticos extremos, que têm ficado mais frequentes.

Sobre o aumento das temperaturas, o Instituto Postdam alerta que por volta de 2080 os meses de verão no norte da África, nos Estados Unidos, no Oriente Médio e em algumas partes da Europa ficarão até 6°C mais quentes. Isso acarretará em ondas de calor fatais para idosos e crianças, por exemplo.

Um dos impactos mais severos para a humanidade com a elevação das temperaturas será a queda da produção agrícola. O relatório afirma que 44% das áreas cultiváveis do planeta se tornarão sujeitas às secas. Se o planeta aquecer 5°C, 35% da agricultura africana deixará de existir.

Além de sofrerem com a escassez de água, algumas regiões enfrentarão graves problemas de incêndios florestais. A Amazônia, por exemplo, deve registrar uma aumento de 100% das queimadas até 2050.

Para os oceanos, o estudo afirma que o nível das águas está subindo mais rápido agora do que há duas décadas, e que isso pode ser observado em diversas partes do globo. A principal causa seria o degelo dos pólos, que segundo os autores também está acelerando. Em setembro de 2012 foi registrado um recorde mínimo na quantidade de gelo flutuante no Ártico.

“Muitas nações insulares já estão sentindo o efeito disso e avaliando suas opções. Com o aumento da população para nove bilhões em 2050, esse problema ficará ainda mais grave”, disse Erick Fernandes, um dos líderes da equipe global do Banco Mundial para Adaptação Climática.

Citando um estudo de 2010, o Banco Mundial afirma que o aumento de um metro no nível do mar resultará em um prejuízo de US$ 68,2 bilhões apenas para as nações caribenhas, incluindo perda de terras e custos com realocação e reconstrução.

Outro problema causado pelo aquecimento global nos oceanos é a acidificação. Segundo o relatório, se a temperatura dos mares subir 2,4°C muitos recifes de corais desaparecerão, trazendo enormes consequências negativas para a pesca internacional e para milhares de espécies. A estimativa encontra apoio em um estudo publicado em setembro, que afirma que um aumento de 1,5°C na temperatura média mundial já será o suficiente para iniciar um processo de degradação em 89% dos corais.

“Tenho a esperança de que esse relatório incentive novas ações. O cenário de um mundo aquecido em 4°C é devastador: inundação de cidades costeiras, riscos para a produção de alimentos, ondas de calor, secas […] A falta de engajamento coloca o desenvolvimento de milhões de pessoas em risco”, concluiu Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.

Autor: Fabiano Ávila
Fonte: Instituto CarbonoBrasil
Original: http://goo.gl/6A8cE


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



The climate has been back on Obama’s lips since his re-election, but the Doha conference will show if he is all talk


All eyes will be on Barack Obama and whether he demonstrates commitment to climate change early on at Doha. Photograph: KeystoneUSA-Zuma/Rex Features

Barack Obama is being pressed for proof of his intent to act on climate change ahead of next week’s United Nations global warming summit in Doha.

The proof might boil down to just two words: two degrees. An early statement at Doha that America remains committed to the global goal of limiting warming to 2C above pre-industrial levels would be a clear sign.

Every statement from US diplomats at the Doha negotiations will be closely scrutinised for signs that Obama will indeed make climate change a priority of his second term – and that America remains committed to the global agreement diplomats have been seeking for 20 years.

Campaigners say Obama’s re-election, superstorm Sandy and New York City mayor Michael Bloomberg’s endorsement – predicated on climate change – put climate change back on the domestic agenda.

Opinion polls suggest public concern in the US about climate change was rising even before Sandy. Campaigners argue Obama needs to engage on climate, if he wants to safeguard his legacy as president.

“President Obama’s re-election provides him with an opportunity to seal his legacy as a truly transformative leader, but he needs to address climate change,” said Andrew Steer, president of the World Resources Institute. “I think history will judge any president from now onwards not to have succeeded if he doesn’t really grapple with this issue seriously.”

Early indications are that Obama will spend more time on climate change than in his first term. He invoked “the destructive power of a warming planet” in his re-election speech. He told reporters he would make climate change a personal mission of his second term. At his first White House press conference, Obama spoke of starting a national conversation about climate risks, and building a bipartisan consensus for action.

But the president also made clear the economy remained his number one focus.

At Doha, negotiators will be looking for signs of how Obama plans to put his climate mission in action.

Hardened climate observers will be watching whether Todd Stern, the state department climate envoy, reaffirms America’s commitment to the climate platform reached in Durban last year – including a core goal of limiting warming to 2C.

Some campaigners fear America is backing off from that promise, following a speech at Dartmouth University earlier this year in which Stern said signing on to the 2C goal was unrealistic for some countries.

“It makes perfect sense on paper. The trouble is it ignores the classic lesson that politics – including international politics – is the art of the possible,” Stern said in the speech. “If countries are told that, in order to reach a global goal, they must accept targets their leadership sees as contrary to their core interest in growth and development those countries are likely to say no.”

The talk, with its suggestion of a retreat from the Durban platform, caused enormous concern among campaign groups.

Jennifer Morgan of WRI said in the reporters’ conference call she would be watching to see whether America continued to back away from the goal, or whether it was back on side.

Stern has not been giving interviews prior to the Doha talks.

The larger question, however, is how Obama intends to use his authority to act on climate in his second term – even if Congress remains opposed to additional regulations.

Obama committed America to a 17% cut in emissions this decade from 2005 levels. That was seen as too weak in most of the world, but efforts for economy-wide action collapsed in the Senate in 2010.

Republicans in Congress then fought to undercut the authority of the Environmental Protection Agency. But Obama did manage to steer $90bn towards green investment in the economy recovery plan, and set new 54.5mpg fuel efficiency standards.

Even after Obama’s re-election, the House of Representatives is still controlled by Republicans, including a heavy contingent from the Tea Party conservatives who discount the very existence of climate change and oppose government intervention in the economy.

But campaign groups in the US are hoping the Environmental Protection Agency steps up – by finalising a rule approved in March that would put severe limits on the construction of new power plants. Campaigners are also looking to the EPA to bring in new rules on existing coal-fired plants.

“We recognise there are constraints on the president – in no small part from Congress – but the electorate wants action on climate change before superstorm Sandy becomes business as usual,” Janet Redman, co-director of the Sustainable Energy and Economy Network said in a statement. “There are measures we can take now. We can join European countries and agree to tax financial transactions, which could raise hundreds of billions of dollars for climate programmes and other public goods. And we can promote the Green Climate Fund as the main channel for public finance to support low-carbon and climate-resilient sustainable development priorities of countries and communities most impacted by climate change.”

Author: Suzanne Goldenberg
Source: The Guardian
Original: http://goo.gl/AZ5WY


FOLLOW US / SIGA-NOS:
              



Um em cada nove portugueses já vive na costa e o número de pessoas e de edifícios continua a subir apesar dos riscos das alterações climáticas e da erosão costeira.


Na praia da Vagueira, a construção continua a crescer: a erosão já obrigou à reposição de areia e à construção de uma espécie de paredão PAULO PIMENTA

Portugal tem cada vez mais pessoas e edifícios junto ao mar, apesar dos problemas actuais de erosão costeira e dos riscos futuros das alterações climáticas. O número de habitantes nas freguesias do país que confinam com a costa aumentou cerca 68% entre 1970 e 2011, de 738 mil para 1,2 milhões de habitantes. Na prática, um em cada nove portugueses vive na costa.

A presença de edifícios saltou de 254 mil unidades em 1970 para 855 mil em 2011. Mais da metade – 490 mil – está desocupada.

Os números são avançados por um estudo de investigadores do Instituto de Ciências Sociais e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que avalia a realidade e as consequências da ocupação crescente da faixa litoral.

Não é novidade que a população concentra-se cada vez mais na faixa litoral. O trabalho, no entanto, dá elementos mais precisos sobre o microcosmo das freguesias costeiras, que é onde está a população que sente na pele os efeitos da erosão. É o fenómeno da “costerização”, conforme classifica a socióloga Luísa Schmidt, coordenadora do estudo Change-Mudanças Climáticas, Costeiras e Sociais, cujos resultados serão apresentados segunda-feira numa conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “As pessoas abeiraram-se mais da costa”, afirma Schmidt.

Esta tendência vem do passado, acentuou-se a partir da década de 1970 e não dá sinais de abrandar. Entre os dois últimos censos – 2001 e 2011 – a população junto à costa aumentou 10%.

Para exemplificar o que é que este movimento significa, em termos de riscos, o estudo abordou três situações particulares: Vagueira, na região de Aveiro; Costa da Caparica, na Área Metropolitana de Lisboa; e Quarteira, no Algarve. Todas enfrentam fortes problemas de erosão. Na Vagueira, o mar avançou 26 metros entre 2002 e 2010. Ainda assim, a população cresceu 20% desde 1991 e o número de edifícios subiu 28%.

Costa da Caparica a ceder espaço ao mar

Na Costa da Caparica, a linha de costa também está a ceder espaço ao mar. Nalguns pontos, como a Cova do Vapor, o ritmo médio é de 26 metros por ano. Mas explodiu o número de habitantes (94%), de edifícios (44%) e de alojamentos sazonais (60%) nas últimas duas décadas. E em Quarteira, a população duplicou, os alojamentos aumentaram 74%, mas todos os anos perdem-se seis metros de terra para o mar, em média.

Inquéritos conduzidos pelo estudo nestas três localidades mostram que a erosão costeira preocupa os moradores. Na Vagueira, mais de 80% dos inquiridos diz que a erosão é um problema grave e que vai piorar no futuro.

Mas poucos habitantes parecem dispostos a procurar outro sítio para viver. Nos três locais, a grande maioria dos inquiridos quer que seja feito de tudo – esporões, quebra-mares, paredões e enchimento artificial de praias – para manter a costa como está e proteger os seus imóveis. Uma proporção minoritária – que não chega a 30%, na Costa da Caparica – concorda que os edifícios é que têm de ser mudados para outro lado. “As pessoas acham que deve se manter tudo como está”, conclui Luísa Schmidt.

O que está lá é para ficar, mas não há espaço para mais ninguém. A maioria dos habitantes das três localidades – de 73% a 89% – diz “não” à construção de novos edifícios junto à costa.

Alterações climáticas

Um relatório publicado na quinta-feira, dia 22, pela Agência Europeia do Ambiente alerta para possíveis efeitos das alterações climáticas nas zonas costeiras. O relatório cita o aumento previsto no nível médio do oceano e a maior frequência de episódios de sobrelevação do nível do mar devido ao mau tempo como principais factores que agravarão o problema da erosão.

Este cenário poderá aumentar a factura que o país paga para proteger as populações mais próximas do mar. Nos últimos 20 anos, segundo o projecto Change, foram investidos cerca de 200 milhões de euros na defesa do litoral contra o avanço do mar.

Os resultados do inquérito revelam uma disparidade de resultados quanto à confiança das populações no que tem sido feito para resolver os problemas do litoral. Na Costa da Caparica, três quartos dos inquiridos não confia na actual gestão costeira. Mas na Vagueira e na Quarteira, a proporção é menor (42% e 31%).

Já a confiança nas instituições aparece definitivamente em baixa. O Ministério do Ambiente, por exemplo, é visto por quase metade dos inquiridos como uma entidade com “muito poder” nas questões do litoral, mas apenas 20% atribuem-lhe “muita confiança”.

Autor: Ricardo Garcia
Fonte: Publico
Original: http://goo.gl/ME1qi


FOLLOW US / SIGA-NOS: