Eurodeputados querem regras mais apertadas no tratamento do lixo electrónico


Os eurodeputados que formam o comité ambiental do Parlamento Europeu voltaram hoje a sublinhar a sua recusa em permitir o envio de lixo electrónico (WEEE) para países que não estão habilitados a processá-lo e urgiu o Conselho Europeu a aceitar as rígidas regras obrigatórias no que toca à reciclagem destes materiais.


De acordo com directiva actual apenas um terço do WEEE é reciclado e recuperado (Fotografia: Arko Datta / Reuters)

A proposta aprovada hoje no comité – e que será votada em sessão plenária em Janeiro – proíbe a exportação de WEEE (Waste Electrical and Electronic Equipment) para países fora da OCDE e permite apenas a exportação de produtos que já não funcionem para outros países da OCDE se houver uma garantia que esses aparelhos serão arranjados e reutilizados.

De acordo com um comunicado do Grupo dos Socialistas e Social-Democratas no Parlamento Europeu, citando a relatora da revisão da directiva sobre o WEEE, Kathleen Van Brempt, “o Conselho tentou amenizar os pedidos do Parlamento”, mas hoje os eurodeputados voltaram “a pedir que se cumpra o objectivo de que até 2016 seja recolhido e tratado 85 por cento deste lixo”.

De acordo com directiva actual apenas um terço do WEEE é reciclado e recuperado. Cerca de 13% deste lixo acaba em aterros e o destino final de cerca de 54% não é regulado por nenhuma instituição.

Kathleen Van Brempt comentou: “Temos de nos certificar que os nossos antigos telemóveis ou computadores não acabam na China ou em África”.

“Por um lado isso pode ser uma grande ameaça para a população local, se este lixo não for processado, e por outro estaríamos a desperdiçar materiais preciosos que ainda podem ser extraídos dos antigos produtos”, acrescentou ainda a eurodeputada.

Tal como foi recomendado pelo Grupo dos Socialistas e Social-Democratas no Parlamento Europeu, os eurodeputados querem igualmente que os painéis solares sejam incluídos na nova directiva. Kathleen Van Brempt afirmou: “A análise levada a cabo pela Comissão mostra que a reciclagem numa base voluntária não é eficiente no sector da energia solar. É preciso igualmente estabelecer objectivos compulsórios”.

Autor: Susana Almeida Ribeiro
Fonte: Público
Original: http://bit.ly/q3UIhH


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